TECNICAS DE PESCA SUB PARTE 1

ADAPTANDO AO MEIO

O fator mais importante para se realizar uma boa pescaria, é a completa adaptação do individuo sobre as condições que o mar pode trazer para você.
O individuo que pretende fazer a pratica da pesca sub deve ter certa "intimidade" com o mar e suas surpresas, você estará “trabalhando” em um ambiente que seu corpo não está acostumado, no inicio de cada mergulho o corpo sofre alterações para se adaptar a essas novas mudanças, o corpo vai criar de principio uma “defesa” contra essas novas mudanças, podendo nesse momento definir a qualidade de seu mergulho, o apneista e recordista mundial PIPIN descreve que “os 10 primeiros metros na descida é onde o mergulhado da modalidade NO LIMITS decide se continua ou aborta sua tentativa”, o mergulhador aprende a perceber os sinais de aviso que o corpo passa para ele.
Qualquer pânico que você sofra durante o mergulho deve ser administrado da forma mais calma e prudente possível, quanto mais você entrar em desespero, gera um aumento da adrenalina, e consequentemente sua queima de oxigênio vai se elevar, diminuindo assim seu tempo para uma possível solução do problema.
O mergulhador tem que estar preparado para os mais diversos tipos de imprevistos: se enroscar na linha da bóia, levar um reboque de um peixe grande, ficar presa a linha do arpão após efetuar um disparo podendo ficar preso em alguma pedra e na subida você se enroscar na linha da carretilha, ficar enroscado em redes de pesca, linhas de pesca no fundo, cabo de ancoras e tantos outros fatores.
Para todas as situações o melhor a se fazer é manter a calma, estar sempre com seu parceiro de pescaria. Ainda não pode ter acontecido com você, mas você não vai querer esperar a primeira oportunidade para ver se vale a pena se precaver.
 

APRENDA A ESCUTAR O MAR

Aprender a escutar o mar é outra vantagem que o caçador pode obter, um caçador experiente tem a facilidade de reconhecer sons que podemos ouvir no mar, podemos escutar desde peixes mariscando até o ranger da abertura da cracas de uma pedra, é comum em pesqueiros onde se encontra Budião Azul, ouvir seus dentes raspando alimentos das pedras.
Muitos conseguem achar pedras pelos sons, a água tem uma transmissão bem superior que a conseguida fora da água, o que vai favorecer para o bom caçador "rastrear" esses sinais.
A dica é você começar à acostumar a perceber esses sons para obter melhores resultados em suas pescarias, quando você tiver adquirido tais maliciais, você vai notar uma melhora em seus resultados.
 

APROXIMAÇÃO AO PEIXE

É de conhecimento que o alcance útil do tiro disparado de uma arma pneumática, não supera 3-4 metros, ao se utilizar arbaletes de elástico pode-se atingir 5-6 metros. Desta forma, para se atingir com segurança um animal marinho é importante que o caçador se aproxime o mais possível. 
 
Algumas regras de aproximação 
 
1) O caçador, ao se aproximar de uma toca deve sempre apoiar a mão livre numa rocha para permitir o equilíbrio e evitar o desvio do arpão com o eventual movimento da água.
2) Quando nas proximidades da toca, avizinhar-se pelas laterais introduzindo o arpão junto com o facho de luz, sem tocá-lo nas pedras e ligar antes a lanterna.
3) Assegure-se que efetuou com sucesso a manobra da compensação do ouvido médio e da máscara e que não tenha bolha de ar no respirador.
4) Se necessário, procurar entrar na toca e começar a exploração pela parte mais escura e no alto.
5) Nunca ir em direção ao peixe, deixe que ele venha até você, a maioria dos peixes ficam curiosos e voltam em direção do mergulhador, quando mais você correr pra cima do peixe, mais ele ira se distanciar.
6) Esconder a arma, com a arma recuada o peixe chega a se aproximar mais do mergulhador.
Fontes: Super Sub (Santarelli) / Caça Sub - Fundamentos e Técnicas
 

CAPACIDADE PULMONAR

1 - Volume Residual - O ar contido neste espaço fica contido nos pulmões mesmo após uma expiração máxima (contém ar viciado).
2 - Volume de Reserva Expiratória - Usado somente quando aumenta o volume de ventilação, na respiração normal é ocupado por ar viciado.
3 - Volume Corrente - É o volume de ar que se movimenta no ciclo respiratório normal, ou involuntário, em repouso.
4 - Volume de Reserva Inspiratória - Usado somente quando aumenta o volume de respiração (hiperventilação)
Volume de Reserva Expiratória + Volume Corrente + Volume da Reserva Inspiratória = Capacidade vital (é o volume máximo de ar que pode ser expelido dos pulmões, após uma inspiração máxima, é medida pelo expirômetro)
Volume Residual + Volume da Reserva Expiratória + Volume Corrente + Volume da Reserva Inspiratória = Capacidade Total.
Fontes : Super Sub (Santarelli) / Caça Sub - Fundamentos e Técnicas
 

COMPENSAÇÃO

No seu seu conjunto, o organismo humano está preparado para suportar enormes pressões, porque é composto de sólidos e líquidos que são praticamente incompressíveis.
Como já vimos os limites do mergulho livre são decorrentes dos fenômenos que provocam a redução de volume das cavidades. Quando o volume de ar contido nos pulmões fica reduzido pelo efeito da pressão hidrostática a um volume mínimo, provocando o fechamento dos alvéolos, nosso mergulho profundo está terminado e temos de voltar. Se insistirmos em prosseguir, todo o sistema entra em depressão, e dai pra frente vamos enfrentar sérios problemas barotraumáticos.
O fenômeno que permite durante o mergulho compensar nos pulmões a pressão hidrostática é espontâneo e se processa por meio da redução do volume pulmonar, facilitado pela contração da caixa torácica. A caixa torácica contorna a maior cavidade aérea, representadas por um conjunto de canais pelos quais passa o ar.

clip_image002

O ouvido médio é separado do ouvido externo por um canal munido de uma membrana timpânica, medindo cerca de 09 milímetros de diâmetro e dotada de uma limitada elasticidade.
Além de 03 ou 04 metros de profundidade, teremos um processo progressivo de traumatização do tímpano, caracterizado por fortes dores. Poucos indivíduos privilegiados conseguem compensar os tímpanos espontaneamente, enquanto a maioria são obrigados a fazer a manobra de compensação, que consiste em apertar o nariz fechando as fossas nasais, mantendo também a boca fechada, e, com uma contração pulmonar, gerar uma pressão interna superior à hidrostática, que facilita a abertura das trompas de Eustáquio. A primeira compensação deve ser executada logo no inicio do mergulho, sem esperar alcançar uma profundidade que possa criar uma diferença, prejudicial à abertura das trompas. Durante a descida teremos de efetuar várias compensações de acordo com as profundidade, os intervalos necessários entre uma compensação e outra serão menores nas proximidades da superfície, aumentando progressivamente com a profundidade.
Fontes : Super Sub (Santarelli) / Caça Sub - Fundamentos e Técnicas

TECNICAS DE PESCA SUB PARTE 2

 DISPARO
 
1º Disparo
 
As armas de caça submarina não tem massa de mira, e mesmo que tivessem, de pouco adiantaria. A mira se faz no prolongamento do braço, acertando a linha de visada ao longo do cano da arma, procurando guiar o tiro por aproximação. No momento do tiro o caçador deve permanecer imóvel, para evitar o desvio do arpão. No sentido de conseguir melhor precisão, o caçador deve encostar a parte posterior da arma junto à face lateral da máscara. Em ordem de preferência e, se pudéssemos escolher o melhor ponto de impacto do arpão, em primeiro lugar viria o cérebro.
É o ponto mais mortal do peixe onde conseguimos “apagá-lo”, isto significa imobilizá-lo totalmente, impedindo-o de se refugiar nas tocas ou debater-se tentando se livrar do arpão. Este tiro é frontal, e atinge o peixe de cima para baixo. No caso do peixe se apresentar de lado, o caçador deve procurar acertar o tiro o mais próximo possível da cabeça e, de preferência, na metade superior, tomando como base o inicio da linha lateral com o opérculo branquial. 

 
clip_image001 clip_image002
Devemos considerar que os peixes não tem sensibilidade dolorosa. Desta forma, ao serem atingidos no centro do corpo, por exemplo, continuam com toda a vitalidade, procurando de toda forma desvencilhar do arpão que, por vezes “rasgam” e o caçador perde sua presa. Acertar um peixe de passagem, que passam velozmente na frente do caçador, a mira deve ser na direção da boca que, com a somatória do movimento do peixe com a velocidade do arpão, certamente será atingida nas proximidades do opérculo branquial.
Deve-se ter em mente que no momento do tiro o braço deve estar estendido e firme de forma a oferecer o máximo de apoio e resistência ao recuo da arma, devido a densidade da água, sabe-se que o arpão precisa de força para acelerar e vencer sua resistência e, se no momento do tiro o braços estiver “mole” não conseguira os mesmos resultados.

Disparar a arma muito próximo à peixes grandes, pode ser contraproducente, pois devido ao mecanismo propulsor das armas, o arpão precisa percorrer um espaço fora do bocal, para adquirir total aceleração e eficácia no impacto, assim, a distância ideal do tiro com armas pneumáticas é de 1,50 a 2,00 metros a partir do bocal.
 
clip_image003 clip_image004

2º Disparo
 
Muitas vezes podemos nos deparar com a necessidade de um segundo tiro, quer seja para retirar um peixe da toca como garoupa, ou mesmo para assegurar a recuperação de um olho-de-boi. Nestes casos é fundamental que os caçadores estejam munidos de equipamentos perfeitamente funcionais, para evitar perda de tempo que pode custar a perda do peixe. A bóia poderá ser de grande ajuda nestes casos, pois poderá fornecer de imediato um segundo arpão, um bicheiro, uma lanterna pequena e potente . O caçador deve manter preparado no seu equipamento um arpão reserva desprovido de farpa que servirá para apagar um peixe entocado, ao mesmo tempo que permite a retirada do arpão com facilidade.
Fontes : Super Sub (Santarelli) / Caça Sub - Fundamentos e Técnicas
 
EQUILIBRIO E LASTREAMENTO

Embora haja diferenças fundamentais de indivíduo para individuo, o homem flutua na superfície quando tem os pulmões cheios de ar. Mas quando ele começa a mergulhar, o ar contido nos pulmões, sendo um gás, portanto sujeito à compressão conforme a lei de Bolye e Mariotte, reduz seu volume progressivamente.
Já vimos que em 10 metros de profundidade este volume é reduzido pela metade. Pelo princípio de Arquimedes, a redução de volume do corpo humano provoca uma menor quantidade de líquido deslocado e, conseqüentemente, um menor empuxo de baixo para cima. Em outras palavras, o corpo humano aumenta sua densidade e o seu peso em relação à água. A flutuabilidade que ele tem na superfície vai rapidamente diminuindo e, em uma determinada profundidade, some totalmente. O peso especifico do corpo fica exatamente igual ao da água na qual está imerso.
 
clip_image005

Nesta profundidade, chamada quota de equilíbrio, o corpo humano não sobe nem desce, enquanto, além da quota de equilíbrio, a tendência é ir para o fundo. Em que profundidade vamos encontrar a quota de equilíbrio? A profundidade é diferente de individuo para individuo, mas entre a maioria dos mergulhadores ela se situa entre os 10 e 12 metros.
Acima da quota de equilíbrio, se o mergulhador ficar inerte, voltará sempre a superfície, enquanto abaixo esta quota, ele será levado inexoravelmente para o fundo. Este fenômeno é de grande importância para a segurança e para a própria mecânica do mergulho. A natureza nos deu uma ampla faixa de segurança, de mais ou menos 10 metros de profundidade, dentro da qual, qualquer acidente mecânico ou fisiológico que possa provocar um desmaio terá conseqüências bem menos graves, porque de qualquer modo o corpo voltará à superfície.

O excesso de lastro provoca um aumento da densidade e do peso do corpo humano, colocando a quota de equilíbrio bem mais próximo da própria superfície e as vezes acima dela. Evidentemente, o excesso de chumbo facilita as coisas para o mergulhador no inicio do mergulho, ele não precisa esforçar-se muito para vencer a flutuabilidade natural do corpo humano. Em compensação, a economia de forças obtida no inicio do mergulho será paga com um dispêndio de forças equivalente na volta à superfície, quando o mergulhador deverá vencer o empuxo negativo provocado pelo excesso de peso.
Fontes : Super Sub (Santarelli) / Caça Sub - Fundamentos e Técnicas
 

VIRADA EM TRÊS TEMPOS
 
Na superfície, o caçador sub mantém o seu corpo na horizontal. O snorkel sai da superfície quase formando um ângulo de 90 graus com o plano da água. A arma é sustentada com o braço, também formando 90 graus com a superfície, para não se cansar inutilmente os músculos.
1) Depois de oportuna hiperventilação, executada com o corpo imóvel, e com um movimento mínimo de pernas, apenas o necessário para que se mantenha a posição quando houver correnteza, o caçador começa a segunda fase.
2) É o inicio do mergulho. O caçador enche os pulmões numa profunda inspiração, e flexiona o corpo a mais de 90 graus, estendendo ambos os braços para o fundo.
 
clip_image001[4]

3) O mergulhador ergue agora rapidamente as pernas para fora da água, ficando o corpo em posição vertical. O próprio peso das pernas, ao sair da água, vai empurrar o mergulhador para o fundo. Assim que as nadadeiras transpuserem a superfície, o mergulhador deve começar a mover as pernas para continuar a descida, empurrado agora pelas nadadeiras.
Fontes : Super Sub (Santarelli) / Caça Sub - Fundamentos e Técnicas
 
PREPARO FISICO DO PESCADOR
 
Todo pescador sub tem que ter consciência que para um melhor resultado durante seus mergulhos são necessários exercícios de preparação física para poder enfrentar essas empreitadas sub.
“No decorrer de alguns milhares de anos, o homem moldou o próprio organismo para suportar um regime de trabalho representado pela quantidade de esforço físico necessário à própria sobrevivência
Desde a época da pré historia até o final do século passado, esta quantidade pouco se alterou, e o homem primitivo gastava para a própria sobrevivência uma quantidade de esforço não muito superior à gata pelos nossos avos no principio deste século. Com o avanço da revolução industrial, esta quantidade foi progressivamente diminuindo, a ponto de poder-se avaliar que, em 1980, a energia per capita gasta em trabalhos musculares em um país industrializado era reduzida a um quinto da energia gasta no mesmo país no ano de 1880.
O automóvel, a maquina de lavar, a serra elétrica, o elevador, os motores e tantas outras coisas foram pouco a pouco, dispensando o homem da necessidade do esforço físico. O homem moderno, empolgado e distraído pelo próprio progresso, que no espaço de menos de cem anos passou da carroça puxada a burros ao avião supersônico, esqueceu quase totalmente da necessidade de proporcionar ao próprio organismo o trabalho físico ao qual fora acostumado durante milênios.
E começou então a aparecer, sempre em forma mais grave, uma triste contrapartida, representada pelo aumento vertiginoso das doenças cardíacas e pela atrofia dos órgãos do corpo humano, que foram, por tanto tempo, acostumados a um trabalho agora dispensado.
A própria mente por reflexo começou a falhar, porque um cérebro mal irrigado não pode – por brilhante que seja – conserva-se isento de doenças. A inatividade física ataca também o cérebro, e os antigos romanos bem conheciam o perigo da letargia dos músculos: MENS SANA IN CORPORE SANO.
Por estas razões, há algum tempo, o homem moderno sentiu como nunca a necessidade de se submeter a exercícios físicos que pudessem conservar-lhe a integridade do organismo. Surgiram uma infinidade de métodos e sistemas e multiplicaram-se os professores de educação física. O homem moderno procurou a salvação do próprio físico, na ginástica, nos exercícios isotônicos, nos isométricos, na yoga, na calistênica, na natação, nos exercícios aeróbicos e em uma infinidade de outros métodos .....” .
Super Sub / Américo Santarelli – 6ª ed.ver.atual – São Paulo : Nobel, 1995.
 
Como vimos em trecho do livro de Santarelli, o preparo físico para um atleta de pesca sub é indispensável, o atleta tem que estar bem preparado para poder enfrentar grandes jornadas de pesca, tendo como principais áreas do corpo afetadas, pulmão, abdome, sistema respiratório, psicológico e pernas, tudo tem que estar funcionando de forma harmônica, quando um desses fatores não está preparado paras as atividades de mergulho o pescador sente uma diferença nítida no rendimento de suas pescarias.
Fontes : Super Sub (Santarelli) / Caça Sub - Fundamentos e Técnicas

TECNICAS DE PESCA SUB PARTE 3

OBSERVAÇÃO DE FUNDOS E TOCAS
 
Exploração Pelo Fundo 
 
As águas costeiras brasileiras, em condições excepcionais de transparência, incluindo as ilhas continentais mais afastadas não permitem uma visão vertical superior a 17/18 metros. Uma visibilidade superior aos 20 metros somente é possível nas ilhas oceânicas. Sabemos que, quando a água apresenta visibilidade de 10 metros, em nossa costeira, estamos em excelentes condições. Vale a pena lembrar que, dependendo da posição do sol, e principalmente pela maior densidade de pequenas partículas em suspensão que permanecem na camada superior da água, a visibilidade horizontal no fundo é superior a vertical na superfície.
Uma boa prática é explorar o fundo mergulhando a meia água (7/8 metros), o que permite observar mais apuradamente setor por setor. Ao avistar algo de interesse no fundo, o caçador pode retornar a superfície para preparar outro mergulho, ou, se estiver em plena apnéia, descer até o fundo. Próximo às pedras é comum a formação de espuma branca, resultante do batimento da água de encontro às pedras o que prejudica sobremaneira a visão subaquática que, somando-se às partículas em suspensão bloqueia totalmente a visibilidade do mergulhador.

clip_image001













Exploração das Tocas
 
Como sabemos, os peixes territoriais habitam as tocas tais como: Garoupas, Badejos, Sargos etc. A titulo de esclarecimento devemos lembrar que, quando o caçador perscrutar o fundo rochoso e conseguir, por exemplo, ver dentro da toca: cinco Sargos, três Badejos e uma Garoupa, pode estar seguro que, longe de seu alcance visual, porém nas proximidades ocultam ao menos quinze Sargos, dez Badejos e três ou quatro Garoupas. Isto significa que a exploração das tocas pelo caçador é muito mais rendosa do que a simples observação pela superfície e eventual mergulho quando ocorrer algum avistamento.
É importante para o caçador saber distinguir entre uma toca que o peixe utiliza como refúgio temporário e aquela que usa como morada fixa. A primeira usada é de estrutura mais simples, vulnerável e facilmente acessível, já as tocas que são utilizadas como moradia fixa, ao contrario da primeira, são extremamente complexas, com subdivisões internas, formando diversos compartimentos normalmente escuros, oferecendo um refúgio perfeito.
Sua entrada normalmente é na base da rocha seguindo-se um corredor que dá acesso a uma câmara maior onde o peixe normalmente se refugia na parte de cima. Quando a toca é ampla mas de pouca profundidade, o caçador poderá rapidamente explorar seu interior e descobrir se tem alguma coisa de seu interesse. A observação das partes altas da rocha é importante, pois a garoupa, por exemplo poderá estar imóvel junto à parede, colada lateralmente na parte de cima, confiando em seu mimetismo.
Uma toca que se apresenta com maior profundidade torna-se necessário penetrar com o corpo o mais possível: o caçador deve ter em mente que a penetração na toca deve ser no máximo até a linha dos pés, inicialmente pode parecer um tanto estranho penetrar com o corpo na escuridão da toca despertando um pouco de medo, mas com o tempo o caçador se acostuma a executar a manobra instintivamente.
A movimentação da água, entrando e saindo na toca, a principio, obedece à mesma do fluxo e refluxo das ondas na superfície. Assim, pode ocorrer um movimento da massa d´água “empurrando” o mergulhador para dentro da toca, é importante se ter em mente que o mesmo movimento de “empurrar” terá, em segundos, sua ação em sentido contrário. O caçador deve evitar os parcéis muito rasos onde o mar forma ondas, para se aproximar destes pontos, o caçador deve escolher o lado contrário ao da correnteza.
Levando-se em conta que na água a transmissão das ondas vibratórias e sonoras produzidas pelos movimentos de descida e aproximação são facilmente percebidas pelos peixes, o caçador ao abordar uma toca deve fazê-lo com a manobra da compensação completada e com a lanterna. Ao se aproximar da entrada da toca deve eleger um dos lados evitando ocupar o espaço central da entrada principal, isto porque visto de dentro da toca a imagem do caçador será projetada como uma grande figura ameaçadora, afugentando os peixes para o fundo ou para locais inatingíveis. No momento da abordagem o caçador deve direcionar o facho de luz para as partes mais altas da toca, com a arma apontada na mesma direção.
Fonte : Caça Submarina – Fundamento e Técnicas 
   
OBSERVAÇÃO PELA SUPERFÍCIE
 
Durante a permanência na superfície, o caçador se desloca acionando as nadadeiras com movimentos suaves, procurando explorar o fundo no alinhamento do fim da pedraria com o inicio do fundo arenoso. A seleção do ponto mais apropriado para ao mergulho e a caça propriamente, fica por conta do desenvolvimento da faculdade instintiva e intuitiva do caçador. A respiração pelo snorkel deve ser tranqüila e regular, com mais experiência e adaptação, o caçador verá que instintivamente sua respiração será mais lenta e mais profunda, para manter sua corrente sanguínea sempre enriquecida de oxigênio. Este é o momento em que o mundo exterior não deve existir, pois sua atenção deverá se concentrar unicamente no ambiente em que se encontra, aprender a se concentrar faz parte do conhecimento necessário para se atingir o sucesso na arte da caça submarina.
clip_image003

A observação do fundo não deve ser generalizada de forma superficial e sim particularizada, procurando estudar setor por setor, lembrando que quase todos os animais que habitam as pedras se mimetizam, ficando parecidos com algas, pedras, areia enfim, ao ambiente em que se encontram. Com uma exploração lenta e metódica o caçador se habituará a observar bem e se condicionará a ter “olhos para ver”, ou seja, educar seus sentidos para uma perfeita distinção dos organismo aquáticos . 
 
clip_image005
clip_image004
Antes de se decidir qual direção seguir ao longo da costeira é oportuno que o caçador tenha em mente dois fatores: a direção da corrente e a posição do sol. A corrente deve ser a seu favor, para evitar que seja desperdiçada energia ao se nadar no sentido contrário, o que abreviaria o tempo de apneia e diminui drasticamente o rendimento, o sol deve preferencialmente estar nas costas, não importando a inclinação. No caso da direção da corrente assim não permitir, no momento da virada posicione-se de costas para o sol. É certa a afirmação que a sombra do mergulhador projetada no fundo venha a advertir algumas espécies de peixes de sua presença.
Fontes : Super Sub (Santarelli) / Caça Sub - Fundamentos e Técnicas
 
PESCA SUB EM AGUAS SUJAS
 
A maioria dos caçadores evitam mergulhar em águas turvas dando preferência naturalmente às águas transparentes. A falta de visibilidade funciona como um bloqueio, diminuindo a performance do mergulhador. É evidente que a probabilidade sempre será maior quando a água estiver clara, o peixe é mais abundante, o que facilita sua localização e precisão do tiro. No entanto, nem sempre o mar nos oferece condições ótimas para o desempenho da caça submarina. Assim, podemos no adaptar às adversidades e conseguir bons resultados também em água turva. A principio a água turva impõe três imperativos:
1) Vencer sua própria apreensão
2) Utilizar todas as marcações visuais possíveis
3) Apurar a audição
 
clip_image007
clip_image006

Como sabemos, as frentes frias originarias na Antártica podem deslocar-se para o oceano quando encontram massas de ar quente bloqueando sua penetração para o continente. Isto resulta quase sempre numa grande movimentação das águas no mar aberto, provocando ondulações que se refletem na costeira e ilhas continentais.
 
clip_image008
clip_image009













Outro fator de turbidez da água é a presença de desembocadouros de rios nas proximidades do pesqueiro. A água doce é menos densa que a do mar, mais é carregada de partículas que transporta do leito dos rios. Neste caso, pode haver a ocorrência de água clara no fundo, permitindo perfeitamente a prática da caça. Não devemos confundir transparência com luminosidade.
Fontes : Super Sub (Santarelli) / Caça Sub - Fundamentos e Técnicas 
 
PESCA NO AZUL
 
A pescaria realizada no azul apresenta condições bem diferentes das encontradas em pescarias realizadas em ilhas costeiras ou mergulhos próximos da costa, esse é um tipo de pescaria que exige mais preparo físico e psicológico do mergulhador, um erro ou deslize nesses mergulhos podem trazer sérios problemas aos pescadores.
Em pescarias realizadas nos atratores encontramos uma qualidade de água geralmente muito cristalina, que por muitas vezes “enganam” os pescadores, causando um pouco a perda de referência de profundidade e distância dos peixes, muitos se “empolgam” com suas presas e realizam um mergulho de risco, descendo muito além do que imaginam estar na verdade, quando percebem a profundidade que se encontram já é tarde demais, devemos sempre tentar controlar nossos limites, sabendo respeitar eles, nunca devemos colocar a captura de um peixe afronte nossos limites, devemos saber a hora de abdicar a perda da presa, poupando conseqüências mais graves.
 
clip_image011
clip_image010
clip_image012
Nos atratores ou na pesca no azul iremos encontrar grandes peixes como Barracudas, Cavalas Verdadeiras, Cavalas Aipim, Dourados, Xaréus, Olhos de Boi, Atuns, Albacoras, Marlins entre outras espécies de passagem, todos esses peixes possuem uma grande capacidade de briga, devemos sempre mergulhar com armas de grande porte, arbaletes superiores a 1,10 cm com um ou mais elásticos ou pneumáticas superiores a 1,15 cm, que possibilitem uma melhor condição de tiro, um bom tiro ajudará muito a captura do peixe, a arma deve estar sempre presa a uma bóia na superfície com uma quantidade boa de cabo para se poder trabalhar o peixe, um peixe desse tamanho com certeza tem muita força, sendo quase impossível uma briga somente com a linha existente em seu carretel da arma, que geralmente contém 25/35 metros de corda.
 
clip_image014
clip_image013
clip_image015

Devemos ter muito cuidado ao se arpoar peixes desse porte, a principal atenção deve ficar em não se enroscar na linha da bóia ou mesmo da carretilha, um “reboque” de um peixe pode levar você a uma profundidade muito grande em pouco segundos, dificultando sua volta à superfície, esses mergulhos não devem ser realizados em hipótese alguma sozinho, sempre se deve mergulhar acompanhado de um parceiro e mais uma embarcação de apoio, um segundo tiro é muito importante, e geralmente sempre necessário também.
 
clip_image017clip_image018
clip_image016

Os mergulhos realizados aqui em Salvador nos atratores ficam a uma distância de +/- 17/18 kilometros da costa, chegando nas paredes, onde a profundidade cai de –50m para mais de -150/-300 metros, no inicio da plataforma continental.
Os atratores são constituídos da seguinte forma, é lançada uma “poita” ou ancora (garateia) presa por um cabo até a superfície através de uma ou duas bóias rígidas, entre os –2 m iniciais até os –20/-25 metros são colocadas fitas de PVC branca com espessura de +/- 30 cm por 5/6 metros de comprimento, se mantém uma distância de +/- 1 metros entre cada fita.
Devem ser colocados aproximadamente de 5/6 atratores no mínimo, conseguindo dessa maneira agrupar um número maior de iscas e conseqüentemente seus predadores, os atratores possuem esse nome devido ao fato de servirem de abrigo para pequenos peixes que buscam as fitas como “abrigo”, atraindo dessa maneira os peixes predadores como os mencionados anteriormente, esses ficam rodando em torno dos atratores com a finalidade de abater os peixes menores.
 
clip_image021clip_image019
clip_image020

A técnica utilizada para a pesca nos atratores (fitas) é descer perto das fitas e ficar observando a chegada dos peixes predadores, normalmente logo na chegada vemos muitos peixes nas fitas, mas depois de alguns mergulhos os peixes assustados descem abaixo das fitas, ficando em uma profundidade abaixo dos –20/-25 metros, causando uma maior dificuldade e risco ao pescador, com ajuda de engodo (como será explicado abaixo), os peixes costumam subir mais para a superfície para comer as iscas, facilitando um pouco o trabalho do pescador.
 
clip_image023clip_image022

Uma coisa que ajuda bastante nessas pescarias é a atualização de engodos (iscas), com esse tipo de “ajuda”, os peixes também costumam ser atraídos pelo brilho e cheiro das iscas, as iscas mais comuns e utilizadas são as sardinhas (bastante oleosas), pititingas, manjubas e xinxaros, existe um método muito eficaz de engodo artificial, os chamados “teasers” que geralmente são construídos com placas de inox, eles refletem os raios solares e emitem um grande brilho, atraindo os peixes de passagem, eles são muito eficazes também, geralmente jogados na proa e popa do barco, deixando a corrente da maré levar o barco sendo acompanhado pelos pescadores, ficam passando entre os atratores, os peixes geralmente são curiosos em vêem em direção a eles, principalmente as barracudas e cavalas que ficam mais na superfície.
Esse tipo de mergulho tem como principal “inimigo” a correnteza, que geralmente são mais fortes em alto mar, quando encontramos essas condições, devemos limitar o número de mergulhadores no mar, um mergulho com muitos pescadores pode ocasionar enroscos de bóias, dificuldade de trabalhar a respiração, dificultando assim a pescaria, por esses motivos, esse tipo de pesca se torna mais seletiva, devendo os pescadores possuir mais experiência, evitando riscos maiores a todos os participantes.
Podemos concluir que esse tipo de mergulho é muito prazeroso quando praticado de forma segura e consciente, nunca abusando dos limites e normas de segurança, como hoje em dia está cada vez mais difícil encontrar peixes perto da costa, somos “obrigados” a buscar locais mais fundos e menos explorados.
 
PESCA SUB NOTURNA
 
Os animais marinhos quer sejam peixes ou invertebrados, têm notadamente mais atividade à noite. Os peixes territoriais, lagostas e polvos, buscam seu alimento à noite para melhor camuflagem de seus predadores. Para se praticar caça sub à noite o local escolhido deve ser visitado durante o dia e as condições de correnteza e transparência da água devem estar favoráveis.
A luz da lua não deve ser considerada pois a lua cheia não é favorável à pescaria, tendo em vista que as marés são mais fortes e o peixe de toca praticamente desaparece. A fase da lua quarto-minguante resulta em pouca variação de maré que, por conseqüência, revolve menos o fundo arenoso, provocando pouca suspensão e favorecendo a visibilidade.
Uma embarcação pequena é ideal para este tipo de caça. Pode ser adaptada uma iluminação principal ligada a uma bateria de automóvel, no ponto previamente escolhido, o bote deve ser fundeado e o farol potente deve ser colocado na água iluminando o fundo, este procedimento é no sentido de fornecer à equipe um referencial durante todo o tempo que durar a pescaria, ao mesmo tempo que serve de atrator para algumas espécies de peixe.
Cada caçador deve portar sua própria lanterna e procurar não se afastar demasiadamente do barco de apoio.
Fontes : Super Sub (Santarelli) / Caça Sub - Fundamentos e Técnicas




RESPIRAÇÃO CARPA (APNÉIA)

Com a crescente do mergulho livre, muitos de nós temos observado certos atletas durante as competições, antes de iniciarem uma prova, fazerem umas caretas, com a boca em bico, aos beijinhos para o ar realmente esquisito. 
 
Trata-se da famosa Carpa, também conhecida por Packing em Inglês,técnica que permite aumentar o volume de ar pulmonar de um modo mais pleno, do que com uma simples inspiração máxima.Dois ou três apneístas reivindicam a autoria da invenção desta técnica,mas na realidade foi utilizada pela primeira vez em competição pelo francês Jean Delmarre já há quase dez anos, numa prova de apneia estática.
 
Desde então foi utilizada na generalidade por todos os apneístas, em todas as disciplinas da apnéia. Só uns quantos, embora raros, tais como o Umberto Pelizzari é que se mostraram refractários e continuaram com outras formas de ventilação. Porquê a carpa? Ar, mais ar mais O2 e mais conforto. Esquematicamente, eis duas razões fundamentais porque precisamos de mais ar.
 
A primeira delas, é porque quanto mais ar inspiramos, mais oxigênio temos, e portanto maior será o prolongamento da apnéia interessante em qualquer disciplina, tanto em estática como em peso constante. A segunda é específica, a apnéia em profundidade, pois os volumes de ar em geral e o dos pulmões mais particularmente, a partir de um certo ponto, com a pressão a aumentar, diminuem podendo chegar mesmo a um certo ponto em que se encontram tão reduzidos que a compensação tanto da máscara como dos ouvidos, se torna impossível.
Sim, parece que nós não temos mais ar para tal. A carpa permite atingir-se esse ponto critico uns quantos metros mais abaixo, e em teoria, quanto mais carpas se fizer mais abaixo esse patamar será. Porque estamos nós limitados na quantidade de ar que conseguimos inspirar ?Há vários fatores a considerar :Tamanho dos Pulmões, Caixa Torácica, Extensibilidade Muscular, Mobilidade do Diafragma Qualidade dos Músculos Inspiratórios, Técnica de Respiração Estado de Fatiga. A inspiração é um momento onde estamos ativos.
 
Devemos mobilizarcertos músculos (inspiratórios) para criar uma depressão nos pulmões para que estes se encham de ar. A caixa torácica, os músculos que a rodeiam, assim como vários outros fatores tais como o cansaço ou o stress originam uma força que se opõe ao trabalho dos músculos inspiratórios. Chegando ao que nos parece ser o limite de inspiração, ainda nos resta a carpa, que sem esforço algum permite a entrada a um precioso suplemento de ar nos pulmões ainda com capacidade para tal.Técnica: Não se deve encarar a carpa como uma sucessão de inspirações máximas umas seguidas de outras, mas sim várias " compactagens " depois de uma inspiração máxima.
clip_image001
É o principio da dupla entrada onde:
1ª entrada é aboca
2ª é a glote.

Depois de uma inspiração máxima 3 fases:
1° Glote fechada boca aberta
2° Boca fechada... glote fechada
3° Glote aberta... boca fechada etc....

Na maior parte dos casos é bastante difícil tomar consciência da posição da glote, e por vezes torna-se complicado por muito simples que pareça, coordenar as três fases. Portanto, o mais simples será de o fazer num primeiro tempo de uma maneira muito mais natural. Quando a nossa boca está fechada, a língua,colada contra o palato ocupa a totalidade da cavidade bocal.
 
Partindo desse principio, cada vez que abrimos a boca e que tornamos a fechá-la,a língua ao substituir o lugar do ar, este só pode ir para a traquéia, e para os pulmões (ou para o esôfago e o estômago se o movimento fora acompanhado por uma deglutição). Automaticamente ao realizar este exercício, por pouco que estejamos relaxados, a glote abre-se e o ar penetra nos pulmões. A sucessão de carpas acabará por aumentar conseqüentemente a quantidade de ar nos pulmões. Como verificar que está a resultar: Só começando a executar as carpas já com os pulmões cheios ao máximo.
 
Ao fim de um certo número de carpas, começa se a ter uma sensação desagradável sentimos uma pressão intra-torácica ao nível do esterno, que vai aumentando com a quantidade de carpas.Erros a evitar. Não começar este exercício dentro de água. Preferir fazê-lo antes fora da água em ambiente calmo. Executar carpas com os pulmões semi-cheios. Neste caso chegamos ao fim da apnéia sem ter ainda sentido qualquer pressão a aumentar ao nível dos pulmões. Executar os carpas muito lentamente.
No final, este exercício deverá ser realizado o mais rapidamente possível porque é tempo precioso retirado à nossa apnéia. Executar carpas e forçar. No inicio os nossos pulmões não estão habituados a esse excesso de ar e portanto não devemos logo do inicio executar as carpas de maneira intensa. Com o tempo e com treino, os pulmões com maior elasticidade já mostram uma maior tolerância. Impacto sobre o organismo.
 
O recordista belga Frédéric Buyle foi um dos primeiros a participar em protocolos de pesquisa sobre os efeitos da apnéia profunda no organismo.
A técnica da carpa foi estudada e foi mostrado que levada ao seu extremo, pode ter conseqüências secundárias nocivas eis as principais: Extensão dos alvéolos pulmonares com risco de lesões mais ou menos graves, a mais impressionante dentre elas, sendo o pneumotórax. Compressão do coração entre os dois pulmões tornando difícil o seu desempenho. Aumento anormal da pressão arterial, com risco de lesões ao nível do sistema circulatório embolia cerebral.
Comece com 5 carpas, e depois de alguns meses de prática, vá aumentando um pouco. Não se esqueça de praticar este exercício com moderação. Carpa e treinos. Podemos imaginar duas filosofias. A primeira consiste em treinar com condições ótimas ( meteorologia, material, estado psicológico etc). Neste caso, o objetivo será de ter um máximo de boas sensações durante as apnéias nos treinos. Apnéia STRESS LESS.
O frio, a escuridão e a pressão hidrostática são fatores que podem proporcionar stress e que muitas vezes fazem estagnar um indivíduo na sua progressão. Contra o fator "pressão", existe a carpa, e muitos começarão a executá-la muito cedo no seu programa de treinos. Pode ser uma boa táctica pois o atleta sai confiante em um treino deste tipo, e sempre com vontade de voltar a treinar o que o levara sem duvida a progredir. A segunda filosofia optará por condições de treino difíceis.
 
A justificação é que treinando assim endurece-se a mente, e que ficamos psicologicamente mais fortes interessante visto o lugar que ocupa este fator em mergulho livre. Neste caso, o apneista chegará bastante cedo ao seu limite de compensação, mas terá vários meses pela frente para melhorar antes de utilizar o seu trunfo: a carpa. Se adicionarmos a isso um fato liso, uma lastragem adequada, e boas condições em geral,teremos no final um mergulhador com uma grande margem de progressão.
Esta opção requer uma grande motivação, mas tem oferecido excelentes resultados.
 
Conclusão
A carpa é sem dúvida uma grande ajuda para quem quer ir mais fundo, mas não devemos esquecer que muitos pontos deverão ser respeitados em prioridade. A segurança com a pratica em grupo, o treino assíduo, e a humildade são elementos que nos farão progredir em segurança. 
 
Fonte: Internet

TÉCNICA DE FRENZEL

1. A passagem que liga os pulmões é chamada de traquéia. Ela pode abrir e fechar com o epiglote.
2. A passagem que liga o estômago é chamada de esôfago. E pode abrir e fechar, mas é sempre fechado, exceto durante o ato de engolir.
3. Ar que flui dentro ou fora dos pulmões é levado em posição neutra, o ar estará livre para correr através do nariz e da boca.
4. Se o palato macio for levantado, a cavidade nasal ficará fechada e o ar poderá fluir somente através da boca.
5. Se o palato macio abaixar, a boca fechada, o ar pode fluir somente pelo nariz.
6. As aberturas aos tubos eustáquios estão na cavidade nasal. A chave para se compensar os ouvidos é forçar o ar nos tubos eustáquios.
A língua representa um Pistão, empurre a língua para trás e levante. O volume de espaços de ar da garganta será esmagado. O ar deve ir para algum lugar. Tentará entrar nos pulmões, mas os epiglote estarão fechados. E se tentar entrar no estômago, o esôfago estará fechado. E se tentar sair pelo nariz, não sairá porque eles estarão fechados com os dedos. Assim eles terão uma única saída, os tubos eustáquios. A pressão do ar forçada nos tubos eustáquios é limitada somente pela força da língua. A língua é incrivelmente forte. A língua pode fornecer bastante pressão de ar e romper o tímpano.
 
Para executar a técnica de Frenzel
 
1. Comprima seu nariz
2. Encha sua boca de ar
3. Feche o epiglote
4. Ponha seu palato macio na posição neutra
5. Use sua língua como um Pistão e empurre o ar para a parte traseira de sua garganta.
Infelizmente, a maioria das pessoas não sabem controlar o epiglote ou o palato macio, e a maioria das pessoas não sabem usar a língua como Pistão. A finalidade deste documento é descrever procedimentos passo a passo para aprender cada uma das etapas acima. Com o tempo, exercitando cada passo, o sucesso será garantido.
 
As etapas individuais, devem ser aprendidas e podem ser desmembradas como seguem:
 
1º Passo - Aprenda a encher a boca de ar:
- Encha suas bochechas de ar, como um balão, e prenda o ar lá por alguns segundos;
- Então usando suas bochechas, introduza o ar até seus pulmões. Repita isso, diversas vezes, o quanto você puder.
- Para fazer as bochechas se encherem completamente, enche-as até que não consiga mais enchê-las.
- Para que as encha moderadamente, enche-as até que comecem apenas inchar-se.
- Quando eu digo "encha sua bochecha com um pouco de ar", eu quero dizer que encha suas bochechas moderadamente.
2º Passo - Aprenda a controlar o epiglote:
Há muitas maneiras de controlar o epiglote.
 
1ª Maneira - Gargarejar água
1. Tome um gole d'água;
2. Incline sua cabeça para trás, mas não permita que a água desça até sua garganta. Não engula a água;
3. A água não entra em sua garganta porque você fechou o epiglote. 
 
2ª Maneira - Expirar e parar o ar
1. Abra a boca, mantendo toda extensão aberta.
2. Expire, mas não permita que todo ar escape, em outras palavras, feche sua garganta e expire contra a sua garganta fechada. Nenhum ar sai, porque você fechou o epiglote. 
 
3ª Maneira - Inspirar e parar o ar
1. Abra sua boca, mantendo toda extensão aberta.
2. Inspire, mas não deixe o ar entrar nos pulmões, em outras palavras, feche sua garganta e inspire contra sua garganta fechada. O ar não entra nos pulmões porque você fechou o epiglote. 
 
4ª Maneira - Ruído com o Epiglote em uma expiração
1. Como no método 2, expire de encontro a sua garganta fechada. continue a aplicar a pressão.
2. Agora, por apenas um instante, deixe o ar sair completamente e então pare-o, outra vez. Deve fazer um ruído com o desbloqueio.
3. Deixe o ar sair, pare-o, deixe o ar sair, pare-o, faça isso repetidas vezes, o mais rápido possível. O músculo que você está controlando são os epiglote. 
 
5ª Maneira - Ruído com a Epiglote em uma inspiração
1. Como na 4ª maneira, mas inspirando, pare o ar, deixe-o passar, pare-o, deixe-o passar.
2. Continue a praticar as maneiras de 1 a 5 até que você consiga dominar seu epiglote. 
 
3º Passo - Aprenda a controlar o palato macio
1. Feche a boca
2. Inspire através do nariz
3. Expire através do nariz
4. Inspire através do nariz
5. Abra a boca
6. Expire através, somente do nariz. não deve sair ar de sua boca.
7. Inspire através, somente do nariz, o ar não deve entrar em sua boca.
8. Mantenha sua respiração somente através do seu nariz, ao manter sua boca aberta.
9. Agora, respire somente através de sua boca, sem que nenhum ar corra através de seu nariz.
10. Uma vez que você esteja certo que pode respirar através de seu nariz ou de sua boca (mantendo a boca aberta), prossiga a etapa seguinte.
11. Inspire profundamente
12. Abra a boca, e mantenha toda extensão aberta.
13. Comece a expirar lentamente através somente de sua boca.
14. Ainda expirando, mantendo a boca aberta, expire somente através do nariz.
15. Ainda expirando, interrompa novamente, continue expirando somente pela boca.
16. Mantenha-se expirando lentamente, interrompendo pra frente e pra trás, entre o nariz e a boca o mais rápido possível.
17. Tente a mesma coisa inspirando, mantenha a boca aberta interrompendo pra frente e pra trás, rapidamente entre inspirar através da boca e do nariz.
18. Em um vai e vem, você sentirá algo macio e carnudo na parte traseira superior de sua garganta a mover-se. Esse é o palato macio.
19. Você levanta o palato macio para respirar através de sua boca e o abaixa para respirar somente pelo nariz.
20. Repita os exercícios acima, até que você possa levantar ou abaixar o palato macio a vontade.
21. Quando você expira através de sua boca e de seu nariz, o palato macio está na posição neutra (nem sobe, nem abaixa). 
 
4º Passo - Aprenda a usar a língua como bloqueio
Agora você deve aprender a parar o fluxo de ar somente usando a língua.
1. Comece a expirar através de sua boca.
2. Faça o ar parar de fluir fechando sua boca (suas bochechas devem se encher momentaneamente).
3. Inspire novamente, e inicie a expirar.
4. Pare o ar fechando os epiglote.
5. Assim, você sabe já duas maneiras de impedir que o ar flua fora de sua boca. você pode fechar o epiglote ou pode apenas fechar a boca.
6. Agora você irá aprender uma terceira maneira de evitar o ar fluir fora de sua boca.
7. Inspire e expire lentamente através de sua boca, diga a sílaba "t" da palavra teatro.
8. Agora mantendo sua língua nessa posição, toque a ponta da língua no "céu da boca", atrás dos dentes da frente.
9. Tente parar o ar de fluir após sua língua, fazendo um selo com a língua. A ponta de sua língua, toca no "céu da boca" atrás de seus dentes dianteiros e os lados da língua encostam nos molares.
10. Repita os passos acima, , quantas vezes você puder, sem deixar o ar fluir fora de sua boca, usando sempre a sua língua.
11. Certifique-se que você não esta se enganando fechando o epiglotes ou fechando sua boca. Seus lábios devem permanecer abertos e seu maxilar quase fechado, ou totalmente fechado.
12. Uma vez que você dominou a parada do ar com sua língua, lembre-se da posição da língua, chama-se bloqueio com a língua. 
 
5º Passo - Aprenda a usar a língua como Pistão
1. Se você ainda não está pronto para saber como bloquear seus pulmões, consulte o "Apêndice A".
2. Uma vez que você possa bloquear seus pulmões facilmente e inconscientemente, prossiga para o próximo passo.
3. Pegue seu snorkel
4. Coloque o snorkel em sua boca.
5. Feche seu nariz.
6. Bloqueie seu pulmão através do snorkel.
7. Você não pode usar suas bochechas como bloqueador, não funcionará. Você deve usar a sua língua.
8. Ou seja, sugue o ar através do snorkel, a seguir aplique o bloqueio com a língua, levante sua língua para trás, para bloquear o ar em sua garganta e pulmões.
9. Ao fazer isso, os lados de sua língua tocam em seus dentes no céu da boca, nos seus molares. A ponta de sua língua toca o céu da boca. Você cria um selo com a língua, todos os seus dentes estarão na câmara de ar exterior, e todo o ar de trás de sua língua estará na câmara de ar traseira. Quando sua língua está nessa posição não é possível você expirar. A língua obstrui o ar.
10. Uma vez que você pode bloquear através do snorkel e usar a língua como o descrito, você aprendeu a usar a língua como Pistão. Agora você sabe bloquear o ar em seus pulmões usando a língua. 
 
6º Passo - Aprenda a controlar o epiglote e o palato macio independentemente
1. Nem sempre o epiglote e o palato macio estão acoplados, no sentido que suas orelhas estão acopladas. É difícil mover uma orelha, e não a outra. É difícil mover uma sobrancelha e não a outra. Se você puder mover uma sobrancelha e não a outra, você desacoplou com sucesso aqueles dois músculos. Você pode controlar aqueles dois músculos independentemente. O epiglote e o palato macio(com isso você impede o fluxo de ar através do nariz). E esse é o problema. Para fazer a técnica de Frenzel, você precisa aprender a fechar o epiglote ao manter o palato macio na posição neutra. Isso pode ser completamente difícil e levar tempo para aprender, e é freqüentemente a parte mais difícil da técnica inteira.
2. Coloque seus dedos polegares, abaixo de suas narinas de modo que seu nariz, delicadamente seja plugado.
3. Deve ser possível expirar através de suas narinas.
4. Sinta suas bochechas encherem-se completamente.
5. Feche o epiglote.
6. Tente apertar suas bochechas e forçar o ar a sair pelo nariz.
7. Você deve sentir o ar passar sobre seus dedos, e suas narinas devem alargar-se.
8. Se o ar desaparecer e suas narinas não se alargarem, o ar entrará de volta aos seus pulmões porque você não deve ter fechado o epiglote.
9. Se o ar não for em qualquer lugar, e for obstruído apenas, significa que seu palato macio esta levantado, que esta obstruindo sua passagem nasal. Refaça os exercícios do palato macio para ganhar sensação daquele músculo.
10. Repita de novo, os passos acima, concentrando-se no palato macio, mantendo-o em posição neutra. O único meio que você pode apertar suas bochechas e forçar o ar a sair do seu nariz é se o palato macio estiver em posição neutra.
11. Se você ainda não puder dominar o exercício acima, tente o seguinte.
12. De novo, tampe seu nariz.
13. Expire 90% do seu ar fora de sua boca.
14. Feche a boca, e expire os últimos 10% de seu ar dentro de suas bochechas, enche-as até estourarem.
15. Feche o epiglote.
16. Agora seus pulmões devem estar completamente vazio, e sua bochecha bem cheia. O ar deve ser preso em sua boca porque seu epiglote está fechado.
17. Agora, inspire contra a sua garganta fechada. Naturalmente, nenhum ar irá rapidamente aos seus pulmões, porque os epiglote estarão fechados. No lugar disso, você cria um vácuo inconfortável em seus pulmões.
18. Mantenha o vácuo no pulmão. Tente agora, espremer suas bochechas e forçar o ar em suas bochechas fora de seu nariz. Concentre-se no palato macio. Relaxe sustentando-o na posição neutra. Se você tiver êxito, o ar virá rapidamente fora de seu nariz. Não deixe o ar entrar em seus pulmões.
19. Mantenha-se praticando os exercícios acima até que você possa sentir suas bochechas, feche o epiglote, aperte suas bochechas e force o ar para fora de seu nariz. Quando você fizer isso, o epiglote será fechado, e o palato macio estará em posição neutra. Esse é o músculo principal que você precisa lembrar.
20. Outro caminho para aprender a controlar o epiglote e o palato macio independentemente é bloquear seu pulmão através do nariz. Em outras palavras, tente aprender bloquear seu pulmão com sua boca fechada. 
 
7º Passo - Use tudo junto
1. Feche seu nariz
2. Enche suas bochechas apenas um pouquinho.
3. Feche o epiglote e mantenha o palato macio em posição neutra, como você aprendeu.
4. Aplique a língua como bloqueio, e force o ar para voltar a sua garganta como se comprimindo através de um snorkel. O ar não pode entrar nos pulmões, mas perfeitamente, fluirá no nariz, mas seu nariz deve estar plugado, o ar será forçado nos tubos eustáquios, que irá estalar seu ouvidos.
5. Uma vez que seus ouvidos estalarem, você pode continuar a aplicar pressão com a sua língua, forçando seus tímpanos para fora. De fato você deve sentir como se você pudesse quebrar seus próprios tímpanos, se você aplicar bastante pressão com sua língua(claro, não tente quebrar seus tímpanos).
6. Mantenha-se praticando a técnica de Frenzel até que você possa estalar seus ouvidos imediatamente, tapando o nariz e estalando. 
 
8º Passo - Teste na água
1. Vá para uma piscina 6m de profundidade.
2. Desça 3 ~ 3,5m, de cabeça para baixo sem compensar. Seus ouvidos devem doer um pouco.
3. Agora tampe seu nariz e equalize. Você estará pronto para estalar seus ouvidos instantaneamente.
4. Continue aplicando pressão com sua língua o quanto puder, até sentir seus ouvidos pressionarem para fora.
5. Tente a mesma coisa no lago ou no mar. 
 
9º Passo - Aprenda avançadas variações
Para executar a técnica de Frenzel, deve haver um espaço de ar na garganta. A língua deve empurrar, como um Pistão, contra o espaço de ar. Se não houver nenhum espaço de ar na garganta, a técnica não poderá ser executada.
Quando um mergulhador desce, seus pulmões comprimem-se. Quando invertido, o volume restante de ar comprimido levantar-se-á nos pulmões. Em alguma profundidade, o mergulhador descobrirá que de repente não há nenhum ar suficiente ao longo de sua garganta para executar a técnica Frenzel. Isso acontece também quando um mergulhador desce os primeiros metros, mas acontece muito mais rápido, quando se desce a cabeça primeiramente.
A fim de continuar a compensar após a "profundidade da falha", o ar deve ser movido dentro da garganta. Isso pode facilmente ser feito puxando de dentro do estômago, e expirando forçadamente de encontro a boca fechada, de maneira que faça as bochechas inflarem-se. Uma vez que há ar na boca e nas bochechas, os epiglote devem ser fechados imediatamente antes que o ar possa fluir de volta aos pulmões. Uma vez que os epiglote estão fechados, o ar está preso na garganta e a técnica Frenzel pode ser executada.
A técnica é chamada de "diafragmática Frenzel", é usada por quase todos mergulhadores de profundidade. Entretanto, sempre com a "diafragmática Frenzel", virá uma pressão, quando o volume de ar restante nos pulmões for pequeno, aquele não será possível encher a garganta e a boca. Depois da pressão até mesmo a "diafragmática Frenzel" falhará. O único caminho para continuar a igualar além dessa profundidade é a armazenar ar o suficiente na boca e nas bochechas, antes de alcançar a profundidade.
1. Encontre a profundidade em que a técnica "diafragmática Frenzel" falha pra você. Deve estar provavelmente em algum lugar entre 15 a 27m. quando mergulha-se invertido. Presume-se que a profundidade falha em X metros.
2. Prepare seu relógio de profundidade para disparar o alarme a uma profundidade de (X = -4,5m). Ou seja, se sua profundidade falha é de 19m, ajuste seu alarme para 14m.
3. Comece seu mergulho.
4. Quando você ouvir o alarme, curve-se para frente ligeiramente, puxe seu estômago para dentro, e expire todo o ar possível em sua boca. Suas bochechas devem encher-se completamente.
5. Imediatamente, feche o epiglote, e mantenha fechado para o restante da descida. Você pode achar útil para inspirar contra o epiglote fechado. Isso ajuda a mantê-lo fechado.
6. Agora, mantenha o palato macio na posição neutra, você pode continuar a compensar com a técnica de Frenzel. Você precisa continuar para manter o epiglote fechado.
7. Você poderá igualar 3 a 5 vezes mais com o ar em sua boca e bochechas.
8. Surpreendentemente, usando esta técnica, seus pulmões desmoronarão completamente e se encherá com ar, e ainda você terá muito ar na sua boca para igualar. Você pode também compensar sua máscara com o ar na sua boca. Para fazer isso. Simplesmente faça a técnica Frenzel mas não tampe seu nariz. 
 
A técnica Frenzel pode ser praticada na piscina de natação, mas isso é perigoso, você precisa ter um parceiro.
 
1. Vá a uma piscina de natação com no máximo 3m de profundidade
2. Relaxe seu corpo e prepare-se.
3. Após uma correta respiração padrão, expire 95% do seu ar.
4. Feche sua boca.
5. Continue expirar os últimos 5% de seu ar dentro de sua boca e suas bochechas até sentir totalmente sem ar.
6. Imediatamente, feche o epiglote.
7. Desça ao fundo da piscina.
8. Igualize com o ar dentro de sua boca.
A mesma técnica pode ser praticada no lago ou no mar. Você pode descer de 15 a 20 metros, usando somente o ar de sua boca e bochechas para igualar."
 
"Apêndice A" - Como bloquear o ar em seus pulmões

1. Feche a boca.
2. Expire contra sua boca fechada, sentindo encher suas bochechas.
3. Aperte suas bochechas e empurre o ar de volta para seus pulmões.
4. Repita os itens 1-3 novamente, até que você possa encher suas bochechas e introduza o ar de volta a seus pulmões.
5. Pegue um canudo de bebida.
6. Coloque o canudo em sua boca.
7. Sugue o ar através do canudo.
8. Inspire através do canudo.
9. Observe a diferença entre inspirar através do canudo e sugar através do canudo.
10. Inspire o máximo através do canudo.
11. Sugue o ar através do canudo.
12. Tire o canudo da boca.
13. Use suas bochechas para empurrar o ar de volta aos pulmões.
14. Sugue o ar dentro de sua boca sem usar o canudo
15. Use suas bochechas para empurrar de volta ar aos pulmões (não engula o ar para dentro de seu estômago)
16. Um ciclo de sugar/empurrar, é chamado de um "bloco".
17. Recomece sem o canudo.
18. Inspire ao seu máximo. 
 
Bloqueie seu pulmão, de novo, até que você não possa ter nenhum ar em seus pulmões ou até você sentir desconforto. Conte quantos blocos você pode fazer. Se você tiver acesso a um respirômetro você poderá medir quanto ar extra você poderá ter. A maioria das pessoas conseguem entre 0.8L e 4.0L de ar extra.